Será que tem muito o que escrever sobre o
maior clássico da literatura brasileira? Acho que foi justamente por
esse motivo em específico que ao ler a obra não me impactei muito.
Afinal, quem não conhece a história de Bentinho e Capitu?
Até quem nunca leu um livro da vida é provável de conhecer o romance, pois a rede Globo passou a um tempo atrás a minissérie Capitu, retratando essa obra de Machado de Assis.
O livro começa explicando o porque do nome Dom Casmurro, apelido de Bentinho.
Certa vez ele entrou em um trêm e encontrou um conhecido, ele começou a
recitar versos para Bento, que acabou cochilando. O recitador resmungou
e xingou-lhe de alguns nomes feios no dia seguinte, dentre eles, Dom Casmurro: “Casmurro
não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo
de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me
fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando!”
Metade do livro é para aprofundar a relação dele com a menina com olhos de cigana olbíquia e dissimulada.
Tal relação se aprofunda a ponto dos dois estarem apaixonados. Isso
lembra-me uma amizade de infância tão forte quanto a dos dois, mas nao
avançou para paixão não. hehe
Depois da metade do livro os anos
avançam depressa, e serve para esmiuçar um das maiores dúvidas da
história da literatura brasileira: Capitu traiu Bentinho ou não?
Minha opinião? Acho que não. Tudo não passa de ciúme exacerbado do Casmurro por conta do esfriamento da relação depois de casados. Mas não argumento que Bento
era doente mental, pois isso não é demonstrado em nenhum momento no
livro. Existem certas passagens que demonstram uma tendência a
psicopatia, como quando ele quis envenenar Ezequiel,
seu filho, ou será apenas aqueles momentos de raiva extrema que nos
fazem perder a cabeça?Tirando isso, atire a primeira pedra quem nunca
teve pensamentos horríveis e repugnantes, mas logo tratou de corrigi-los
e tentar tirar da mente.
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