“A memória tem como um dos atributos permitir que o processo de identidade seja realizado entre iguais. A memória, portanto, não pode ser entendida como um relicário, mas sim, como lugar do imaginário e da reconstrução da nossa condição de seres históricos. Aguçando o interesse pelo o que foi, podemos construir a memória daquilo que será” ( Donatelli, 1996) PROJETO MEMÓRIAS: Resgatando histórias, afetos e cidadania
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Imaginar qualquer prazer que sentimos e transformar prazer em uma poesia. Ligação de sentimentos.... expressos na poesia. Allan Prince Costa Rau
Idalcino Branco Nunes
Douglas Nunes de Castro 7ª série
A esperança de um menino pobre
A esperança de um menino pobre
Bom meu nome é Henrique Joaquim carvalho tenho 82 anos de idade, nasci no dia 12/12/1928 sou Português, o nome do meu pai era Joaquim Carvalho, minha história............
Não conheci meus avós, porque vim morar no Brasil, sempre morei com meus pais,eu vivo nesse lugar à 81 anos eu era muito pequeno na época, por isso não lembro dos meus avós,minha casa era num sobrado na ilha dos marinheiros na beira da praia Rio grande,naquela época era chão batido,não existia ruas era tudo chácaras.
As minhas brincadeiras preferidas eram jogar bola de meia de noite, porque meus irmãos trabalhavam durante o dia. Também gostava muito de pular corda, nós esticávamos a corda e pulávamos por cima dela, gostava muito de paga-pega e de esconder, mas as brincadeiras eram só com meus irmãos. Naquele tempo os colégios eram bem humildes, eram umas peças quadradas de madeira o nome do colégio eu não lembro mais nós chamávamos de Tiro de Guerra. Atrás do colégio havia um cortiço onde os soldados treinavam para a guerra. Lembro que quando era pequeno ia buscar lenha com o meu pai, tínhamos que passar pelo meio do treinamento, nós tirávamos o chapéu e acenávamos para poder passar. Eu tinha que caminhar muito para ir ao colégio.
Trabalhei na lavoura para ajudar meus pais, desde pequeno tive muita responsabilidade. Na época era muito difícil se sustentar, mesmo só com a lavoura. Servi ao exercito em 1946, não lutei na guerra, pois só tinha 16 anos, mas lembro como se fosse hoje, aviões passavam e escreviam no céu um V de vitória. A felicidade tomou conta de todos, finalmente a guerra havia terminado. Meus olhos viram coisas que muitos nem imaginam. Hoje eu vivo o presente e conto o meu passado.
Pablo Caldas
Henrique Joaquim Carvalho
Carmelita e Berentina
Carmelita e Berentina
Sou Carmelita de Oliveira, podem me chamar de Filinha e agora vou contar minha história.
Antigamente nós éramos crianças felizes, brincávamos de tudo um pouco, mas o que eu mais gostava de brincar era de boneca de pano. A Berentina era a que eu mais gostava. As bonecas eram feitas pela minha vó.Todo mundo pensava como podíamos ser tão felizes com àquelas simples bonecas de pano.
Eu e meus irmãos só tínhamos aos domingos para brincar, pois o resto dos dias trabalhávamos na roça. Quando chegava à noite nós íamos tristes para a cama, mas com esperança de acordar e de novo brincar. Quando fazia alguma estripulia, meu pai muito severo de castigo nos botava e sem Berentina eu ficava. Sempre que dava uma folguinha íamos correndo para uma lagoa que tinha perto de casa. Castelos de areia, cambotas no ar para mergulhar, monte abaixo a rolar. É, assim eram nossos domingos. Passavam num tapa. Essa é minha história e ainda estou aqui com saudades do meu tempo e da minha boneca de pano Berentina
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Pitisca
Pitisca
Quando eu era criança adorava brincar de pitisca. Pitisca é jogo que precisa de quatro guris ,um pau cravado á uma boa distância,e um pronto,era só lançar os pequenos discos de ferro e jogar para ganhar.Também gostava de jogar bola, feita de carpim, jogo de toco, bolinhas de gude e não esqueço dos carrinhos de latas de leite ninho que achávamos na vizinhança. A vizinhança era muito pouca o que tinha muito neste bairro era morros de areia.
Estudei até meus onze anos na escola ASSIS BRSIL parei de estudar para ajudar meus pais. Também trabalhei na feira,
Juntava garrafas de vidro e ferro velho para vender.
Mas, é claro que a memória também trás boas lembranças. Se tem uma coisa que não vou esquecer é o cheiro da comida da minha mãe e os hinos que tocavam na igreja onde íamos.
Antigamente, tinha muitas fábricas de peixe, hoje não tem mais, a cidade foi se desenvolvendo e as fábricas desaparecendo.
Na minha área de construtor sobrava serviço. Construí minha casa á dos meus pais e com muito orgulho, construí muitas escolas do município e alguns prédios importantes da cidade.
Hoje minha paixão é trabalhar na empilhadeira. sou funcionário público, e meu coração se enche de emoção quando record tudo que vivi.
José André Freitas Baldez 60 anos
Andreara Rolim Baldez